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O impacto do covid-19 nos principais esportes brasileiros

  • Foto do escritor: Centro Academico Dr Vicente Guerra
    Centro Academico Dr Vicente Guerra
  • 25 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura


Passado cerca de 4 meses desde que o covid-19 desembarcou no Brasil já se sabe mesmo que imprecisamente alguns detalhes, seu agente etiológico, como ocorre sua infecção, os principais sintomas clínicos associados e foram formulados vários protocolos de tratamento. Sabe-se ainda que é uma doença com relativo grau de contaminação e de letalidade, que já infectou milhares de pessoas e trouxe a óbito outras milhares de vidas. Além da perda incalculável de várias vidas, gerou pressão sobre o sistema de saúde público brasileiro, prejuízos financeiros estrondosos na economia e forçou uma sociedade vibrante e pulsante como a brasileira a aderir ao isolamento social mesmo que em menor ou maior grau.

E, sem sombra de dúvida, os esportes brasileiros foram afetados, com competições adiadas e até mesmo canceladas, atletas tiveram salários reduzidos e alguns casos até dispensados por causa de problemas financeiros e clubes agremiações esportivas decretaram falência por falta de meios de abastecerem seus caixas.

O esporte mais popular do Brasil foi um dos que mais sofreram, campeonatos estaduais foram interrompidos, o principal campeonato nacional foi adiado e as competições internacionais paralisadas, o que gerou queda nas receitas dos clubes devido à ausência de jogos, jogos estes que geram renda pela bilheteria, consumo nas dependências e arredores do estádio além de compras nas lojas oficiais dos clubes. Outro fator para a queda nos ganhos dos clubes se deve ao patrocínio e transmissão da televisão, que com a perda da visibilidade da marca e ausência do produto em sua grade respectivamente gerou impasses contratuais e financeiros. Tudo isso corroborou a busca para corte de gastos, que se deu principalmente com corte dos salários dos jogadores de futebol e demissão dos mais variados tipos de profissionais ligados aos clubes.

Outro esporte bastante popular no Brasil que sofreu efeitos do coronavírus foi o vôlei, inicialmente houve paralisação temporária dos principais campeonatos organizado pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), mas com o passar do tempo optou-se pelo encerramento das competições 2019/2020 em votações virtuais pelas equipes participantes, atitude tomada primeiramente pelas ligas femininas, passando pelas masculinas e finalmente também pelas categorias de praia, não sendo declarados campeões e respeitando apenas classificação para os campeonatos sul-americanos e rebaixamentos de divisão entre as ligas. No quesito financeiro mantiveram-se os patrocínios das principais empresas e foram antecipadas premiações para os atletas.

Quanto ao basquete, suas receitas dependem pouco de bilheteria e das transmissões de rádio e televisão, sendo principalmente sustentado pelos patrocínios que se mantiveram razoavelmente o que não pressionou tanto os atletas e profissionais ligados as equipes. Porém, devido as precauções louváveis em relação aos riscos de infecção dos atletas e demais envolvidos os principais campeonatos masculinos foram cancelados e os femininos estão suspensos por tempo indeterminado.

Outros esportes também foram afetados, mesmo que em maior ou menor grau do que os citados, mas o que se nota é que os esportes não ficaram alheios a essa situação, foram duramente impactados e terá reflexos que podem se reverberar por várias temporadas, sejam eles esportivos sejam eles econômicos, e devido a isso não podem ser marginalizados meramente como entretenimentos, devem receber o devido apoio do governo e da sociedade civil dando a importância que o esporte merece como questão de saúde e cultural para o Brasil.

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