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A prática dos exercícios físicos no combate a depressão

  • Foto do escritor: CA FAMERV
    CA FAMERV
  • 24 de out. de 2020
  • 2 min de leitura

Será abordado sobre a pratica dos exercícios físicos no combate a depressão, abordando epidemiologia, mecanismos de ação, estudos envolvidos, quadro clinico e relevância da prática.

Por Cláudio Silva Santos.


No Brasil o mês de setembro é marcado pela cor amarela, em razão da campanha promovida nacionalmente para prevenção do suicídio. São registrados cerca de 12 mil suicídios anualmente no país e mais de 1 milhão no mundo. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a quadros psiquiátricos, estando em primeiro lugar a depressão. A depressão afeta mais de 320 milhões de pessoas no mundo, no Brasil quase 6% da população é acometida sendo o país número um na América Latina. Este ano, o movimento Setembro Amarelo lançou a campanha “É preciso agir!”, tendo como símbolo o carrossel, pois está em constante movimento.

A depressão pode se apresentar de inúmeras formas, podendo estar concomitantes ou não, entre elas podem aparecer tristeza profunda, distúrbios alimentares, perda ou ganho excessivo e repentino de peso, distúrbios do sono como insônia ou dormir em excesso, falta de ânimo, pessimismo, baixa autoestima, sentimento de culpa, irritabilidade, desenvolvimento de manias, dores e outros sintomas físicos sem motivos aparentes, dificuldade de concentração, insegurança, sensação de medo ou desespero, fadiga, choro excessivo constante, ideia de suicido.

Diante desse cenário, um estudo publicado no periódico cientifico Journal of Affective Disorders analisou a pratica de exercícios físicos em pacientes internados com depressão grave, em que foi dividido os pacientes em dois grupos, um que praticasse exercícios físicos e outro não, ao final foi constatado que o primeiro grupo reagiu muito melhor gerando redução no tempo de internação e melhora na qualidades de vida. Outro estudo, realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, corrobora o periódico concluindo que o exercício físico acelera a regeneração de neurônios, interfere em marcadores biológicos no cérebro e com isso pode prevenir a depressão. A prática dos exercícios no combate a depressão pode ser usado tanto nos casos graves quanto nos leves, sabe-se que envolvem processos hormonais, como na liberação da endorfina responsável pelo prazer e bem estar, e também na liberação da dopamina que possui efeito tranquilizante.

É valido ressaltar que não importa o exercício físico em si e que não existe estudos que comprovem que algum seja melhor, apenas que o paciente escolha aquele exercício que o agrade mais, que o deixe mais tranquilo e com sensação de paz. Ainda vale destacar que a procura do médico é imprescindível e que os exercícios físicos não substituem uma possível psicoterapia, sendo o ideal um abordagem múltipla.

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