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Atenção primária e prevenção do suicídio

  • Foto do escritor: CA FAMERV
    CA FAMERV
  • 30 de set. de 2021
  • 2 min de leitura

A Associação Brasileira de Psiquiatria e o Conselho Federal de Medicina organizam nacionalmente o Setembro Amarelo cuja campanha dura todo o ano. Registra-se mais de 13 mil suicídios/ano no Brasil, uma realidade triste e que acomete cada vez mais os jovens. A maioria dos casos estão relacionados a transtornos mentais, primeiro a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

A Atenção Primária a Saúde (APS) é muito procurada pelos sujeitos, além de ser a porta de entrada do SUS por ações de promoção e prevenção a saúde. Um estudo internacional mostrou que:

- 45% dos pacientes que morreram por suicídio foram atendidos por profissionais da APS no mês anterior a sua morte. Destes, 19% se consultaram com um profissional de saúde mental.

- 2/3 das pessoas que cometeram suicídio comunicaram a intenção a parentes próximos ou amigos, na semana anterior.

Com isso, o suicídio é uma emergência médica e os profissionais da APS devem saber conduzir um paciente com tentativa ou ideação suicida. O primeiro passo para prevenir o suicídio é falar sobre ele, esse ato reduz a ansiedade associada aos pensamentos ou atos de autoagressão e ajuda a pessoa a se sentir compreendida e a aceitar ajuda.

O profissional ou o estudante de saúde deve abrir um espaço ao diálogo sem julgamentos ou interpretações e atentar-se a “pistas” que sugerem o pensamento de morrer ou se matar, por exemplo: um paciente que não quer se cuidar ou utilizar os medicamentos corretamente e falas como “Eu ando pensando besteira” “Acho que minha família ficaria melhor se eu não estivesse aqui” “Eu sou um peso para os outros” “Eu não aguento mais” “As coisas não vão dar certo. Não vejo saída”.

Desta forma, a abordagem inicial consiste em avaliar o risco de suicídio por meio de um questionário, esse ato fortalece os vínculos com o paciente e estabelece responsabilidades ao médico. Deve-se verificar os fatores de risco, de proteção, a gravidade do paciente e mobilizar suporte psicossocial. É necessário dizer que há tratamento individualizado e como este será oferecido.

OBS: Quando houver tentativa de suicídio, realizar notificação compulsória imediata (Portaria nº 204/ 2016), por meio da Ficha de Notificação de Violência Interpessoal Autoprovocada.

Para mais informações sobre a conduta médica, acesse o Guia Suicídio:



 
 
 

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